segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

REFORMA PROTESTANTE- Martinho Lutero -João Calvino

Reforma Protestante foi a grande transformação religiosa da época moderna, rompeu a unidade do cristianismo no Ocidente e alterou de forma radical a estrutura eclesiástica. Em cada região assumiu características diferentes: no Sacro Império teve a liderança de Martinho Lutero; na França e na Holanda os princípios de Lutero foram ampliados por Calvino; na Inglaterra, conflitos entre o rei e a Igreja deram origem ao anglicanismo.
 

  Origem da Reforma Protestante

  O processo de centralização monárquica que dominava a Europa desde o final da Idade Média, tornou tensa as relações entre reis e igreja, até então a centralizadora do domínio espiritual sobre a população e do poder político-administrativo sobre os reinos.
  A Igreja - possuidora de grandes extensões de terra - recebia tributos feudais controlados em Roma, pelo papa. Com o fortalecimento do Estado Nacional Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas.
  Os camponeses também estavam descontentes com a Igreja. Na Alemanha os mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades, os bispos e os abades viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos.
  A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, entre elas a "usura"- a cobrança de juros por empréstimos, consideradas pecado, e defendia a comercialização sem direito a lucro o "justo preço", reduzindo o poder de investimento da burguesia mercantil e manufatureira.

  Tomismo e Teologia Agostiniana

  Dentro da própria Igreja dois sistemas teológicos, o tomismo, e o da teologia agostiniana, se defrontavam. Mas, a desmoralização do clero, que apesar de condenar a usura e desconfiar do lucro, veio com a prática do comércio de bens eclesiásticos.
  Faziam uso da autoridade para obter privilégios, desrespeitavam o celibato clerical e a venda de cargos na Igreja era uma prática comum desde o fim da Idade Média. O maior escândalo foi a venda de indulgências, isto é, o perdão dos pecados em troca de pagamentos a religiosos.

 
  A Reforma de Lutero

 
  A Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano alemão, e professor da Universidade de Wittenberg. Crítico, negava algumas práticas comuns apregoadas pela Igreja.
  Em 1517, revoltado com a venda de indulgências, realizada pelo dominicano João Tetzel, escreveu em documento com as 95 teses que radicalizava suas críticas à Igreja e ao próprio papa.
  Em 1520 o para Leão X redigiu uma bula condenando Lutero e exigindo sua retratação. Lutero queimou a bula em público o que agravou a situação.
  Em 1521 o imperador Carlos V convocou uma assembleia "Dieta de Worms", na qual o monge foi considerado herege. Acolhido por parte da nobreza, refugiou-se no castelo de Wartburg, onde dedicou-se à tradução da Bíblia do latim para o alemão, e a desenvolver os princípios da nova religião.
   Em 1530, a Confissão de Augsburgo, escrita por Melanchthon, discípulo de Lutero, fundamentou a doutrina Luterana. Seguiram-se guerras religiosas que só foram concluídas em 1555, pela "Paz de Augsburgo", que determinou o princípio de que cada governante dentro do Sacro Império poderia escolher sua religião e a de seus súditos.

  Calvinismo

  A revolta de Lutero se espalhou pelo continente europeu, suas ideias foram reformuladas por alguns de seus seguidores, particularmente pelo francês João Calvino (1509-1564) pertencente a burguesia e influenciado pelo Humanismo e pelas teses luteranas, converteu-se em ardente defensor das novas ideias.
  Escreveu a "Instituição da religião cristã", que veio a ser o catecismo dos calvinistas. Perseguido, refugiou-se em Genebra, na Suíça, onde a Reforma havia sido adotada. Dinamizou o movimento reformista através de novos princípios, completando e ampliando a doutrina luterana.
  Nada de imagens nas igrejas nem sacerdotes paramentados. A Bíblia era a base da religião, não sendo necessária sequer a existência de um clero regular. Para Calvino a salvação não dependia dos fieis e sim de Deus, que escolhe as pessoas que deverão ser salvas (doutrina da predestinação).
  O calvinismo expandiu-se rapidamente por toda a Europa, mais do que o luteranismo. Atingiu os Países Baixos e a Dinamarca, além da Escócia, cujos seguidores foram chamados de presbiterianos, da França foram os huguenotes e da Inglaterra os puritanos.


  BIBLIOGRAFIA :

  www.todamateria.com.br/reforma-protestante/

Criacionismo X Evolucionismo

Origens da humanidade

Você já deve ter tido a curiosidade de saber como surgiu a espécie humana no planeta em que vivemos, não é mesmo? Essa curiosidade não é só sua. Muitos pesquisadores e cientistas têm estudado para descobrir como se deu a origem do ser humano na Terra.

Quanto mais a ciência se desenvolve, mais avançados são os recursos científicos que esses pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas possibilidades para explicar a origem humana. Assim, como um quebra-cabeça, cada nova descoberta vai completando o nosso conhecimento sobre o tema.

Entre as diversas explicações para o aparecimento do ser humano na Terra, duas se destacam pelo amplo debate que provocaram: o criacionismo, defendido por judeus e cristãos, e a teoria da evolução.

A criação
Durante muito tempo, os sábios idealistas sustentaram a teoria do limite intransponível entre o homem e os animais. Essa concepção se baseava no mito bíblico da criação do homem por Deus, que o teria feito "à sua imagem e semelhança".

A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais.

Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca resposta para essa questão. Neste âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.

A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa, atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança.

O cristianismo adota a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, sendo que algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.

Evolução humana


Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento processo de alterações (mudanças). Esta é a idéia central da evolução: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo.

Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin, tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceita pela maioria dos cientistas.

Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedição de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica.

Em 1836, de volta à Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espécimes animais e vegetais coletados em todos os continentes, além de uma enorme quantidade de anotações. Após vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espécies através da seleção natural, livro publicado em 1859.

A grande contribuição de Darwin para a teoria da evolução foi a idéia da seleção natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificações que podem ser passadas para as gerações seguintes.

No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e pescoço longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as girafas de pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa característica favorável aos descendentes. A seleção natural nada mais é, portanto, do que o resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam uma espécie ao meio ambiente. [...]

A idéia seleção natural não encontrou muita resistência, pois explicava a extinção de animais como os dinossauros, dos quais já haviam sido encontrados muitos vestígios. O que causou grande indignação, tanto nos meios religiosos quanto nos científicos, foi a afirmação de que o ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera há milhões de anos. Logo, porém surgiria a comprovação dessa teoria, à medida que os pesquisadores descobriam esqueletos com características intermediárias entre os humanos e os símios.

Bibliografia: http://www.sohistoria.com.br/ef2/evolucao/index.php