terça-feira, 10 de outubro de 2017

A POLÍTICA DO PÃO E CIRCO- ROMA : Autor Anderson Dias

No Império Romano quando o momento era de crise, tudo era escasso, para o povo se acalmar, não reclamar e, não se revoltar contra o poder dominante da época, era utilizado a política do "pão e circo", ou seja, eram construídas enormes arenas (Coliseu), nas quais se realizavam os sangrentos espetáculos dos gladiadores (escravos treinados para matar ou morrer, e suas vidas ficavam na dependência da platéia, que com um indicador do polegar determinava se deveriam viver ou morrer (vide o filme O Gladiador). Esses espetáculos envolviam homens e animais selvagens. Também eram realizados eventos como corridas de bigas, quadrigas, acrobacias, bandas, palhaços e corridas de cavalos.

Enquanto o espetáculo acontecia, alguns servos eram incumbidos de jogar pão nas arquibancadas. Dessa forma o povo não reclamava dos problemas que os acometia ou alguma crise política que poderia estar em pauta no momento. Ao patrocinarem a diversão e a comida gratuita ao povo, o mesmo se esquecia, momentaneamente, desses problemas e, quando se lembrassem, os fervores do momento já havia passado. Dessa forma, o povo de barriga cheia e diversão garantida ficava mais calmo, pacífico e voltava para casa sem reclamar e protestar das injustiças sofridas, se sujeitando uma vez mais aos desmandos dos Césares da época e relegando as decisões importantes a esses líderes políticos sem participarem ativamente do processo.

A política do pão e circo que foi muito utilizada na Roma antiga continua muito atual hoje em dia, o que demonstra mudarem-se os povos, os lugares, mas não o modo de agir do ser humano. Essa política circense está cada dia mais em voga, isto podemos constatar nessa época que precede as eleições municipais. São ofertados ao povo os mega-comícios com atrações diversas e artistas cobiçados. Deixam o povo extasiado e anestesiado para a questão realmente relevante do momento: o voto consciente e qual o candidato que realmente tem uma proposta séria e voltada para o social que merecerá nosso voto.

Se de repente, surge algo importante e que merece a atenção popular para se conhecer o seu candidato e ao mesmo tempo esse assunto pode por em risco sua candidatura, é promovida imediatamente uma mega-atração para desviar a atenção popular do assunto em foco.

Com tanto pão e circo, não é de se admirar que o povo vote naquele que mais espetáculo propiciar ao povo, naquele que fez mais promessas ou deu mais "pão" (camiseta, bonés, "show-mício", falsas promessas e outros).

Não se preocupam em conquistar o voto, em incutir no povo o voto consciente e justo. Querem comprar o voto a qualquer custo.

Em um país semi-analfabeto e miserável essa política tão antiga do "pão e circo" ainda é a melhor opção.

Que se regalem com esses shows, pois ficarão, depois, penando quatro anos, na miséria e na dependência dos favores políticos do coronel atual que reinará no trono da prefeitura, sabendo que seu preço foi bem pago em cada show-mício patrocinado pelo político no qual votamos.

Quilombo de Palmares

Quilombo dos Palmares Nos tempos do Brasil Colônia, existiu no nordeste brasileiro um povoado considerado um paraíso pelos escravos negros do Brasil. O povoado formado por negros fugitivos ficou conhecido pela História Brasileira como Quilombo dos Palmares. O Quilombo dos Palmares tornou-se um símbolo da resistência negra contra a escravidão e teve como principal líder, o mártir negro Zumbi dos Palmares A História do Quilombo dos Palmares No Brasil colonial, muitos negros africanos cansados da vida sofrida de escravo, fugiram dos engenhos de açúcar para nunca mais voltarem. Boa parte desses escravos fugitivos eram recapturados pelos capatazes dos senhores de Engenhos que os caçavam como se eles fossem animais. O mais temível caçador de escravos era o capitão-do-mato. Os negros que sobreviviam à caçada juntaram-se aos outros fugitivos e passaram a formar pequenos povoados chamados de mocambos. Muitos mocambos se formaram pela colônia, mas somente alguns resistiram ao tempo. Com o passar das décadas a população negra cresceu nesses povoados negros com a chegada de mais fugitivos. Na região do atual Estado de Alagoas, havia se formado um dos maiores mocambos de que se tem noticia, o Quilombo do Palmares. Palmares acolheu escravos fugitivos vindos de diversas capitanias. Viviam por lá também índios e mestiços pobres. Os quilombolas, moradores dos quilombos, dedicavam-se á agricultura, à caça e a pesca. Exerciam também o comércio de produtos agrícolas com as outras comunidades negras da área. Por muito tempo, o Quilombo dos Palmares foi o paraíso dos negros africanos que aqui chegaram para viverem como escravos. Achando-se livre da escravidão, os negros passaram a formar famílias e resgataram suas raízes com à pratica da religião de origem africana. Em sua maior densidade demográfica, o Quilombo dos Palmares ia do Cabo de Santo Agostinho até ao rio São Francisco. Buscando impor seu poder sobre a região, o governo colonial português organizou e incentivou campanhas militares contra o Quilombo dos Palmares. Muitas expedições militares foram financiadas pelos senhores de engenho que buscavam recapturar escravos para a sua senzala. Após sofrer tantos ataques, o Quilombo dos Palmares foi reduzido a uma pequena região formada pelos mocambos de Macaco, Sucupira, Tabocas e Zumbi. O Quilombo dos Palmares teve como líderes Ganga Zona, Ganga Zumba e Zumbi, este último o mais importante. Sob a liderança de Zumbi, os quilombolas ao invés de se defenderem, passaram a atacar os colonos que buscavam a destruição do Quilombo do Palmares. Usando táticas de guerrilha, Zumbi conseguiu destruir alguns engenhos, libertando seus irmãos escravizados e conseguindo munições e suprimentos para novas ações guerrilheiras. A ferocidade de Zumbi dos Palmares fez com que os dirigentes coloniais daquela região, contratassem um dos mais experientes bandeirantes do período colonial, Domingos Jorge Velho. O Capitão-mor Bernardo Vieira de Melo confiou a Jorge Velho a liderança de seis mil homens na luta contra o exército quilombola de Zumbi dos Palmares. Mesmo com grande experiência, os bandeirantes tiveram grande dificuldade em vencer os rebeldes escravos na Guerra dos Palmares. Em 1685 Zumbi dos Palmares, após ser traído, acabou sendo morto encurralado numa emboscada. Sua cabeça foi cortada para servir de exemplo aos negros que por ventura tentassem continuar com a ideia de se libertar da escravidão. Sem a liderança de Zumbi, o Quilombo dos Palmares seria completamente abandonado pelos seus últimos habitantes em 1710. Bibliografia : http://www.historiatecabrasil.com/2010/05/quilombo-dos-palmares.